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Venda de casas ganha novo ânimo com descida dos juros e da inflação.

O mercado imobiliário português começa a mostrar sinais de recuperação após um ano de 2023 marcado por uma forte quebra. No primeiro trimestre de 2024, observou-se um aumento na dinâmica do mercado, impulsionado pela não subida das taxas de juro e pela redução da inflação.
22 mai 2024
O mercado imobiliário português começa a mostrar sinais de recuperação após um ano de 2023 marcado por uma forte quebra. No primeiro trimestre de 2024, observou-se um aumento na dinâmica do mercado, impulsionado pelo paragem no aumento das taxas de juro e pela redução da inflação.

Sinais de Recuperação no Mercado Imobiliário

Em 2023, o mercado imobiliário atingiu o ponto mais baixo dos últimos sete anos, com a venda de apenas 136.499 casas, uma diminuição de 18,7% em relação ao ano anterior. No entanto, de acordo com Beatriz Rubio, CEO da Re/Max, o primeiro trimestre de 2024 trouxe uma "dinâmica um pouco mais robusta".

A recuperação do mercado foi impulsionada pela diminuição das taxas de juro no crédito à habitação e pelas medidas eficazes no combate à inflação. Com a procura a recuperar, o preço das casas voltou a subir, registando um aumento de 2,2% nos primeiros três meses de 2024 em comparação com o trimestre anterior. Este valor representa uma aceleração em relação ao aumento de 1,6% observado entre outubro e dezembro de 2023, conforme dados da Confidencial Imobiliário.

Impacto Positivo das Medidas Económicas

Carlos Santos, CEO da Zome, também reconhece o impacto positivo da descida da inflação e da estabilização das taxas de juro no mercado imobiliário. Ele antecipa uma possível redução das taxas diretoras pelo Banco Central Europeu em junho, o que tem animado ainda mais o mercado. A Zome registou um crescimento significativo no primeiro trimestre de 2024, com um aumento de 41% no volume de transações, 45% no número de casas vendidas e 28% na faturação.

A Keller Williams reportou igualmente resultados positivos, com uma faturação de 14,3 milhões de euros no primeiro trimestre, um crescimento de 18% em relação ao ano anterior, sustentado por um aumento de 14% no número de transações.

Desafios e Incertezas Persistem

Apesar dos sinais encorajadores, ainda existem incertezas no mercado. Beatriz Rubio destaca que, embora haja uma recuperação em curso, é prematuro determinar a extensão dessa recuperação devido a fatores externos e imprevistos que podem afetar significativamente o cenário. A tensão internacional e o clima de incerteza não favorecem a confiança dos investidores e a tomada de decisões a longo prazo.

A Engel & Völkers, especializada no segmento de imóveis de luxo, observou um aumento na atividade no primeiro trimestre de 2024. Juan-Galo Macià, presidente da rede para Espanha, Portugal e Andorra, comentou que o mercado de luxo mostrou uma "resiliência relativa" em 2023, com uma redução menor nas transações em comparação com o mercado regular.

Perspectivas Futuras

Mesmo com a introdução de novas regras, como o fim dos vistos gold, Juan-Galo Macià acredita que a trajetória de crescimento se manterá. Em 2023, a Engel & Völkers não notou um impacto significativo devido ao fim dos vistos dourados.

A Re/Max Collection, especializada em imóveis de luxo, registou quase 4.400 transações em 2023, uma redução de 9% em relação ao ano anterior, com um preço médio de venda de aproximadamente 940 mil euros.

O mercado imobiliário português começa 2024 com sinais positivos de recuperação, mas os especialistas alertam para a necessidade de cautela face às incertezas externas que podem afetar a confiança dos investidores e o crescimento sustentado do setor.
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