Indicadores de atividade do setor da Construção com evolução positiva.

De acordo com a estimativa rápida divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal registou um aumento de 1,4% no primeiro trimestre de 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Este crescimento ocorre apesar de uma desaceleração no investimento e no consumo privado, refletindo uma resiliência económica em meio a desafios contínuos.

Setor da Construção com resultados positivos

No setor da construção, observou-se um incremento na maioria dos indicadores de atividade. O consumo de cimento no mercado nacional, por exemplo, cresceu 2,1% em termos homólogos, totalizando 965,3 mil toneladas no primeiro trimestre do ano. Este aumento indica uma atividade construtiva mais intensa e uma confiança coesa no setor.

Obras públicas em forte crescimento

O mercado das obras públicas apresentou um desempenho notável. Até ao final de março de 2024, o valor dos contratos de empreitadas celebrados e registados no Portal Base aumentou 32,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior, atingindo 794,4 milhões de euros. Este crescimento significativo destaca a importância das obras públicas como motor de crescimento económico e de criação de emprego.

Licenciamento de edifícios mostra quedas

Apesar do panorama geral positivo, os dados de licenciamento de edifícios apresentaram variações negativas. Nos primeiros dois meses de 2024, registou-se uma diminuição de 8% nos edifícios habitacionais licenciados e uma redução de 21,5% nos edifícios não residenciais, em termos homólogos. Além disso, o licenciamento de novos fogos em construções novas caiu 12,4%, totalizando 4.811 habitações. Estas quedas podem refletir fatores como a inflação dos custos de construção e incertezas económicas que influenciam a decisão sobre novos investimentos.

Valorização da habitação e aumento dos custos de construção

Em fevereiro de 2024, a avaliação da habitação para efeitos de crédito bancário registou um aumento de 5,5% em termos homólogos, atingindo 1.560 euros por metro quadrado. Este crescimento demonstra uma contínua valorização do mercado imobiliário português. Paralelamente, o índice de custos de construção de habitação nova aumentou 2,2% no mesmo mês, já abordado noutra notícia. Este aumento resultou de uma variação de -0,7% na componente dos materiais e de um aumento significativo de 6% na componente de mão de obra, refletindo a pressão sobre os custos no setor da construção.